Casa térrea na Penha, São Paulo - SP, 2 Casas a dos fundos:quarto, sala, cozinha, banheiro e lavanderia, a da frente: 2 quartos, sala, cozinha, banheiro, lavadeira, 6 vagas de garagem, próximo da Av. Amador Bueno da Veiga.História do Bairro da Penha:Penha é um distrito na Zona Leste de São Paulo, conhecido pelos vários templos de diversas religiões, sobretudo católicos. A arquitetura da região chama a atenção de quem passa pelos bairros próximos à porção central do distrito: é possível ver de construções típicas do século XIX a construções modernas. A constante procura por residências na região[1] fez com que ela se tornasse cada vez mais valorizada e, junto aos bairros do Tatuapé, Jardim Anália Franco, Vila Carrão, Mooca e Vila Prudente (distrito de São Paulo), compõe um conjunto de bairros da Zona Leste com IDH elevado e uma razoável infraestrutura.A Penha é um dos distritos mais antigos do município de São Paulo. A primeira referência oficial a localidade é uma petição em que o licenciado Mateus Nunes de Siqueira obteve uma sesmaria do capitão-mor Agostinho de Figueiredo, a 5 de setembro de 1668. No ano de 1682, o o padre Jacinto Nunes, filho ou irmão do licenciado, aparece como proprietário e protetor da Nossa Senhora da Penha de França. Seu testamento diz que a dotou com bens e raizes, conforme consta em seu testamento aberto de fevereiro de 1684.A origem da localidade está ligada intrinsecamente à religiosidade, pois seu nascimento se confunde com uma lenda que faz parte da história da fundação do local. Conta-se que um francês, católico devoto, seguia viagem de São Paulo ao Rio de Janeiro carregando consigo uma imagem de Nossa Senhora. Durante a caminhada ele pernoitou no alto de uma colina ainda sem nome (penha significa penhasco, rocha, rochedo), e no dia seguinte retomou seu trajeto até dar por falta da imagem. Assustado, tratou de retornar pelo mesmo caminho e encontrou a estátua no alto da colina. No dia seguinte a estátua sumiu novamente durante o sono do viajante, que entristecido, retornou e encontrou novamente a estátua no alto da colina, o que foi interpretado pelo francês como vontade da santa, que havia escolhido o local para se estabelecer[2].A Igreja de Nossa Senhora da Penha foi finalizada em 1667; foi em torno dela que cresceu o povoamento do distrito. Um século depois, em 26 de março de 1796, a região foi promovida a Paróquia de Nossa Senhora da Penha de França; junto com a Paróquia de Nossa Senhora do Ó, foram as duas primeiras paróquias desmembradas da Sé. Mais tarde, a paróquia tornou-se freguesia[3].No século XVII, a região era passagem obrigatória para os viajantes que se deslocavam entre São Paulo, Vale do Paraíba e Rio de Janeiro.Em 9 de julho de 1924 o distrito da Penha foi sede do governo estadual paulista quando Carlos de Campos, presidente do estado, foi forçado a abandonar o Palácio dos Campos Elísios após ser atacado pelas forças revolucionárias durante a Revolução de 1924. Campos ficou instalado em um vagão de trem adaptado, na estação Guaiaúna, até 28 de julho de 1924. [4]Assim como em outros distritos da Zona Leste de São Paulo, na Penha fixaram-se muitas das pessoas que vieram a São Paulo em busca de melhores condições de vida, como italianos, portugueses, sírios-libaneses, japoneses, judeus e nordestinos[5]. De 1920 aos anos 1940 a população penhense saltaria de 6.080 para 56.709 habitantes[5]. Embora fosse no início do século XX um bairro ocupado por uma maioria de pessoas pobres, também desfilavam no bairro famílias articuladas aos modismos da elite paulistana, como os Rodovalho, os Vergueiro, os Paiva Azevedo, os Gomes Jardim e os Augusto Camargo[5]. É nessa época que algumas atividades de lazer se popularizam no bairro e se tornam mecanismos de integração social, como a ida ao cinema e as partidas de bocha e de futebol[5].Com o crescimento de São Paulo, a Penha foi testemunha de grandes mudanças no perfil da cidade, no seu ritmo e na sua paisagem[5]. Vizinha de bairros como o Tatuapé, que também tem históricos registros arquitetônicos, mas vive um intenso processo de verticalização[6], a Penha encontra-se numa região sob forte pressão imobiliária [7] [8]. Muitas das construções históricas penhenses resistem à pressão imobiliária, mas nem todas. Construções de grande impacto na paisagem e de relevância na memória do bairro foram desmanchadas para dar espaço a outras, como o Palacete do Coronel Antônio Proost Rodovalho[9], o Colégio Ateneu Ruy Barbosa[10] e, em 2019, o casarão da Rua Antônio Lamanna.O aniversário do distrito é celebrado em 8 de setembro, dia de Nossa Senhora da Penha, Padroeira do Distrito e do Município de São Paulo. Neste dia há muitas festas e comemorações no distrito, como missa, procissão, quermesse e queima de fogos. Os festejos começam no final de agosto, com uma novena, e terminam no final de setembro com o já tradicional encontro dos corais da região.